As frases que marcaram a semana de Niterói
Por Gabriella Balestrero

As vozes que povoam a cidade, que ecoam o que vivemos, a cada dia, nos registros das mídias sociais. As notícias, as conquistas, nossos temores, emoções… Você vai encontrar aqui um painel do que aconteceu na semana, a partir do que nós, niteroienses, falamos nos gabinetes, nas universidades, nos tribunais, nos palcos… pelas ruas da cidade.
“A bicicleta precisa ser considerada como uma ferramenta no combate ao Covid-19. Se a bicicleta promove o distanciamento pelo não uso do transporte público, ela precisa sair desse patamar de ser só transporte alternativo. É necessário que exista um sistema de transporte na cidade, integrado com outros modais.”
Ana Carboni, ciclista urbana da Rede Bike Anjo em Niterói e membro da rede holandesa BYCS de Prefeitos de Bicicleta em live no Instagram de Axel Grael.
…
“Se continuarmos nessa batida, com a população perseverante no isolamento social e no uso de máscara e as empresas perseverantes nos protocolos de funcionamento, podemos, quem sabe, daqui a 15 dias chegar a menos de 100 casos ativos. Uma situação de absoluto controle da pandemia mesmo no contexto de descontrole que existe na região metropolitana.”
Prefeito Rodrigo Neves (@_RodrigoNeves_), em live da prefeitura
…
“(O que tem) diferenciado os gestores e as organizações é conseguir enfrentar o novo de maneira criativa e responsável. Encontrar esse elemento de ser responsável e ser arrojado não é tarefa trivial.”
Antônio Cláudio Nóbrega, reitor da UFF, sobre o combate à Covid e à crise econômica, em live da prefeitura
…
“Acho que em primeiro lugar, estar viva e ter sobrevivido. Ter conseguido ir pra fora do país. As chances eram muito poucas de não ter entrado num caminho ruim.”
MC Carol de Niterói (@mc_caroloficial), em entrevista para revista Gama, do Nexo Jornal, quando perguntada qual sua maior conquista
...
“Não dá uma sensação de fracasso porque há as manifestações a favor. São alunos que escrevem e mostram como a gente é importante na vida deles. Não posso desistir diante da minha missão. O racismo é estrutural e tem de ser combatido por todos e não só por nós, negros.”
José Nilton da Silva Júnior, 39, professor de história, sobre os episódios de racismo que sofreu no colégio La Salle em entrevista para o Buzzfeed.
...
“A grande virada, que mudou realmente a minha vida - daí a importância das políticas públicas -, foi na época que eu morava em Piratininga e frequentava os shows do projeto Praia do Delírio, que levava bandas autorais para tocar de graça na praia de Piratininga, às sextas e sábados. Além de ser um “programaço” para nós como público, pagava um cachê muito bom para os artistas. Como eu morava ali, eu era um habitué e comecei cada dia mais a querer fazer parte.”
Pedro de Luna (@pedrodelunafreire), sobre sua relação com o rock’n’roll em live no Instagram com Selma Boiron (@selmaboiron), ex-radialista da Fluminense FM. Pedro é escritor dos livros “Niterói rock underground (1990-2010)” e “Planet Hemp: Mantenha o respeito”, além de ser o idealizador do Arariboia Rock.
…
“Eu me arrisco a dizer que foi o melhor swell que já peguei no Rio de Janeiro. O mar estava difícil, pesado. [...] O mar cresceu muito, ganhou tamanho. Me marcou bastante. Vai ficar na memória para sempre.”
Pedro Caiado, surfista e vice-campeão mundial no circuito de grandes ondas da temporada de 16/17, em entrevista para o Canal Surfe TV sobre a ressaca em Itacoatiara.
…
“É um choque de realidade, pensar em quantas pessoas, naquele pequeno universo, perderam seus empregos, quantos empresários perderam seus negócios, que antes já estavam lutando com todas as forças para mantê-los. A esperança é que essa pandemia seja controlada, os estímulos prometidos pela prefeitura venham o mais rapidamente possível, o comércio se recupere e a cidade volte a sorrir.”
Márcio Maia Lima, 50 anos, médico angiologista, sobre a grande quantidade de lojas fechadas do Shopping Icaraí, onde mantém consultório há 15 anos.
…
“Temos uma sociedade ainda paternalista e machista. Culturalmente, há um acesso maior à igualdade de gêneros por quem tem mais acesso a estudos e ensinamentos. [...] Na maioria das vezes, a vítima não vai pedir socorro, ela não pode pedir socorro, está presa a uma situação de violência física e, principalmente, psicológica.”
Simone Ferraz, uma das idealizadoras do Mulheres no Mar e juíza criminal, sobre a dificuldade da mulher vítima de violência doméstica de denunciar seu agressor.